quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Sengés - O Paraíso das Cachoeiras - Setembro 2015

Olá, meu queridos amigos, voltei pra fazer mais um relatinho de uma das melhores viagens que fiz nos últimos tempos. Feriadão da Independência, muita aventura e diversão na cidade histórica de Sengés, contemplada por riquezas naturais belíssimas. Na região, o turista encontra águas límpidas em abundância como rios, riachos, corredeiras, cascatas e belas quedas d'águas, que formam lagos e represas, cânions, vales, grutas e florestas completam a paisagem. Depois de nos instalarmos no hotel, fomos almoçar já trajados com nossas roupas de trilha. Um pequeno descanso e seguimos para nosso primeiro passeio, onde fomos conhecer o Vale do Corisco. A principal entrada para o vale é um pequeno portão de ferro, ao atravessá-lo percorremos uma pequena trilha até chegar ao mirante de onde é possível contemplar a famosa Cachoeira do Corisco, com 106 m de queda, oferecendo um bonito espetáculo ao precipitar suas águas cristalinas sobre um lajeado escuro, proporcionando um contraste surpreendente.




Ficamos por ali algum tempo, contemplando a beleza do local e depois seguimos para o Parque Ecológico da Barreira, Gruta da Barreira ou Gruta da Santa como é popularmente conhecida. No seu interior a imagem de uma santa, onde muita gente vem agradecer ou pedir milagres. Um local de grande beleza,infelizmente uma das coisas que mais me chocou foi a imensa quantidade de lixo que as pessoas jogam dentro da gruta. Uma lástima. A região destaca-se pela peculiar biodiversidade, recursos naturais, fendas, cascatas, poços esculpidos pelas águas e o maravilhoso espetáculo proporcionado pela revoada das andorinhas no final da tarde, quando elas retornam para o abrigo dos paredões onde encontram seus ninhos.
Através de uma grande escadaria chegamos a mais uma cachoeira, com águas agitadas e assustadoras. Impressionante, parece mesmo uma pororoca. Lá encontramos, segundo nosso amigo biólogo Carlos, um opilião, que apesar da semelhança não é uma aranha. No retorno do nosso passeio fomos agraciados pelo maravilhoso por do sol.






Voltamos para o hotel, tomamos um banho, bem merecido, e fomos comer pizza no Pancho, chegamos lá por volta de umas 19:30 e optamos pelo sistema rodízio de pizza. As pizzas não são ruins, mas o local mostrou não ter muitas condições pra atender rapidamente grandes grupos. Mas como estávamos passeando não havia motivos para stress, aproveitamos para mostrar nossas habilidades vocais acompanhando o Hélio, que se apresenta na pizzaria e aliás canta e toca muito bem. Fomos de Pink Floyd a Roberto Carlos, foi muita bagunça, cantamos, brindamos, demos muitas risadas e houve até dança de alguns componentes do grupo (eu) rsrs.



Na manhã seguinte acordamos cedo, tomamos um café reforçado e nos preparamos para mais uma aventura, a trilha circular das sete quedas com 14 km de caminhada onde se pode curtir um percurso exuberante.
A trilha inclui cachoeiras que vão pontuando o rio Lajeado Grande desde Itararé até Sengés. Encaramos com muito bom humor o barro, o banhado e até a garoa fina que vez ou outra resolvia dar o ar da graça.
Nossa primeira parada foi no Poço Fundo, recebe este nome devido os poços que se formam nas rochas, o maior deles com aproximadamente 1 metro de diâmetro e 5 m de profundidade. Segundo nosso guia Cleverson, se você pular com o corpo totalmente reto, não afunda, mas do nosso grupo ninguém quis fazer o teste. Estes poços ficam em uma corredeira de rio, que logo a frente formam uma cachoeira.
 

Tiramos algumas fotos e seguimos adiante por uma trilha lateral. Depois de caminharmos um pouco chegamos á cabeceira da Cachoeira dos Bugres. A descida até a base da cachoeira não foi feita devido ser uma trilha muito fechada e de difícil acesso.



Seguindo a trilha passamos pela Cachoeira do Lajeado e em meio a florestas de Araucária, Mata Atlântica e Campos Gerais, o lugar tem uma rica diversidade de vegetação. Outra cachoeira do percurso é a Cachoeira dos Veadinhos, que leva este nome por sempre que turistas chegam ao local encontrarem Veados, animais típicos deste lugar, esta cachoeira possui uma série de quedas e várias piscinas naturais onde os turistas também gostam de ficar muito tempo se banhando, e nós não deixamos por menos, apesar da água gelada e o clima meio frio, alguns aventureiros tipo eu, Robinho e Mônica nos arriscamos a um banho na águas límpidas e geladas.



Seguimos o percurso e por diversas vezes tivemos que atravessar o rio, pontes rústicas de madeira e muito barro. Nossa resistência era testada a todo momento, principalmente quando subimos uma serra de aproximadamente 300 metros em meio a floresta, este é um dos momentos mais pesados da trilha, onde é necessário ter muito fôlego para vencer o desafio. 





No meio do caminho paramos para descansar em uma grande pedra, que parece que tinha sido colocada ali estrategicamente. Dali tem uma das melhores paisagens da trilha, uma vastidão de encher os olhos. Nos aquietamos para tentar ouvir o silêncio, um momento mágico.



Seguimos em frente e logo nos deparamos com uma vista exuberante, a Cachoeira do Postinho, uma queda d'Água de aproximadamente 50 metros e uma cortina de água de 30 metros de largura. Sob esta cachoeira forma-se uma lagoa exuberante, com água tão transparente que dá vontade de tomar,ao redor uma areia fina confundindo com areia de praia. Simplesmente espetacular. A parte de cima é formada por várias piscinas naturais em meio a uma água transparente. A vontade era ficar ali o resto do dia, mas tínhamos ainda um caminho pela frente até a casa da Dona Augusta que nos esperava com um maravilhoso café.
Depois de mais uns 2 km caminhando por estradas ladeadas de eucaliptos chegamos finalmente para o tão esperado café. Um doce de abóbora de comer rezando, com queijo branco colonial, pão caseiro e um bolinho de chuva de lamber os beiços.
Ao anoitecer retornamos para a pousada, mas ainda fizemos um pit stop no meio do caminho para apreciar as estrelas, a impressão é que elas estão mais perto da terra, deslumbrante.
Cansados, tomamos banho, descemos um pouco para a varanda e logo fomos dormir pois na manhã seguinte tínhamos mais um dia de aventura.
Logo após o café, nos encontramos com nosso guia e seguimos direto para o Cânion de Jaguaricatu. A altura do cânion varia de acordo com o ponto de observação, em alguns deles podemos ficar até 200 metros de altura.
O local possui vários pontos de observação, sendo que um deles se consegue ter uma vista paradisíaca, onde conseguimos ter uma visão de muitos quilômetros.
A sensação de paz no local e radiante, não se ouve nada além do vento e dos pássaros, muitos ficam horas e horas sentados a beira do cânion deslumbrados com tamanha beleza. Certamente vale a ena conhecer este local e sair de lá com a sensação de paz.
De lá seguimos de van para a cachoeira do Sobradinho. Após estacionar o carro na entrada da trilha, caminhamos mais 500 metros aproximadamente em meio à mata e encontramos a cachoeira Sobradinho ou Véu da Noiva, como também é conhecida.
Com aproximadamente 30 metros de altura, as água do rio Jaguaricatú se precipitam e formam um enorme poço para banho, às margens do poço há uma pequena praia natural com areias finas.
Um lugar encantador, A cortina de água, sutil em algumas épocas do ano e marcantes em outras e que se forma em frente à montanha, realmente lembra um véu de noiva formando uma imagem muito bela. Sem duvida é um convite para quem aprecia esportes radicais ou um simples banho de cachoeira, e é claro que eu não podia deixar de me deliciar nas águas refrescantes do Sobradinho. Nosso guia Cleverson, muito gentil nos ajudou atravessar até a base da cachoeira, é maravilhoso, não tem preço.

Passamos o resto da manhã ali, tirando fotos, tomando banho, ou simplesmente apreciando a beleza do local. Perto do meio dia seguimos para o hotel onde pegamos as mochilas, seguimos para o restaurante amoças e de lá direto para Curitiba.